8 de nov. de 2011

“O jornalismo no Piauí avançou muito pouco”, declara editor executivo do Diário do Povo

O jornalista Mussoline Guedes, editor executivo do jornal Diário do Povo, compartilhou experiências de sua longa carreira para os alunos da Faculdade Ceut, durante uma aula especial realizada nesta segunda (7), a convite da professora Cristiane Ventura. Guedes revelou as dificuldades que enfrentou ao longo dos muitos anos de exercício da profissão, além de relembrar seu trabalho em outros veículos de comunicação do Piauí.

Segundo o jornalista, os portais do Piauí não informam o leitor como deveria. “A notícia dos portais é rarefeita. E menos aprofundada que os outros veículos de informação”, afirmou. Ainda segundo Guedes, o jornalismo do Estado precisa de uma “reviravolta”, tanto para os portais como para os outros meios de comunicação.

Questionado sobre a valorização dos profissionais de comunicação, Guedes afirma que são os próprios jornalistas que se desvalorizam. “Diploma nenhum, ensina uma pessoa a escrever bem. Mas é necessário que os jornalistas procurem avançar e se valorizar no mercado”, enfatizou.

Para Guedes, o principal papel do jornalista é proporcionar transformações na sociedade. E defende que o profissional tem que ter consciência sobre o que escreve. “Temos que ter consciência sobre o impacto que causa nas pessoas, o que escrevemos. Pois, o grande lance do jornalismo é buscar sustentação para aquilo que se escreve”.

Ainda segundo Guedes, o jornalista no Piauí tem liberdade de escrever o que pensa. E afirma que a política não interfere no conteúdo ou no teor das notícias. “Eu não acredito que a política interfira nas notícias do jornal. Mas também não iremos colocar uma matéria que é contra os interesses de nossos anunciantes”, explica.

O jornalista declarou que o jornalismo piauiense avançou muito pouco nos últimos dez anos. E lançou sobre os acadêmicos presentes, o desafio de fazer um jornalismo melhor, independente e que transforme a realidade de muitas pessoas.

5 de nov. de 2011

Sife Ceut promove encontro com vice-presidente da FIEPI

"O líder que não consegue unir sua equipe, não consegue realizar seus trabalhos”, declarou o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Piauí – Fiepi, Joaquim Costa, durante Encontro com integrantes do Time Sife Ceut.

Na oportunidade, os membros do Time conheceram um pouco sobre a história do Grupo Telhas Mafrense e experiências vividas por Joaquim, que também é sócio da organização.

Com o tema: “A essência da liderança e os desafios práticos de comandar uma equipe para a realização de projetos”, Costa expôs a importância do líder na formação e no desenvolvimento de uma organização.

Através de parábolas, Joaquim explanou as qualidades que um líder deve ter para que a empresa progrida. Entre elas: Ser criativo; Fazer a diferença; Ser bem informado e treinar seus liderados. Além de enfatizar a importância da responsabilidade social e do bom atendimento.

Os alunos que estavam presentes aprenderam que um líder não nasce pronto, antes precisa aperfeiçoar suas qualidades e está disposto a enfrentar os desafios. Além disso, os alunos aprenderam que “gostar de gente” deve ser a maior vitória do Time Sife Ceut.

Uma empresa de sucesso

Com 30 anos de mercado, a empresa piauiense conquistou vários prêmios e principalmente o reconhecimento dos consumidores. Em 1979, a empresa era chamada de Cerâmica Mafrense LTDA. E em 1999, o grupo criou sua segunda empresa, Telhas Mafrense. Após sete anos, foram fundadas as instituições: Telhamar e Unimar. E o grupo conquistou reconhecimento nacional em 2007, sendo apontado como modelo de excelência pelo empresariado brasileiro, conquistando o troféu João de Barro, promovido pela Associação Nacional da Indústria Cerâmica.

31 de out. de 2011

Moradores do bairro Dirceu são beneficiados com cursos profissionalizantes

Com o tema: “Empreendedorismo – Tendências e Oportunidades”, o Time Sife Ceut deu abertura ao Programa Carreira S.A no Bairro Dirceu Arcoverde, zona Sudeste de Teresina. O evento foi realizado neste sábado (29), na Unidade escolar Francisco Cezar de Araújo, ao lado da Associação de Moradores.

Na abertura, Adriana Marques, líder do Projeto, apresentou o Time Sife para a comunidade. E exibiu as ações e os resultados do Programa no bairro Buenos Aires. Além de falar sobre o conceito de empreendedorismo e da inclusão no mercado de trabalho. “O Time tem como propósito mudar a realidade das pessoas que moram nesta região”, enfatizou Adriana.

Para o presidente da associação de moradores, Raimundo Mendes, o Programa irá incentivar a inserção dos jovens no mercado de trabalho. “A gente sabe que a inserção no mercado de trabalho é difícil. Mas através dos cursos oferecidos pela Sife, a juventude do bairro poderá concorrer uma vaga de emprego”, afirmou o presidente.

Após a apresentação, o publicitário Leonardo Galvão expôs o tema “Empreendedorismo” para os moradores. De maneira dinâmica e descontraída, Leonardo mostrou e comentou sobre os 10 mandamentos do empreendedorismo. “Qualquer um pode ser empreendedor, só precisa ter inovação, criatividade e uma idéia diferenciada no mercado”, declarou Leonardo.

O Programa Carreira S.A tem como objetivo capacitar profissionalmente jovens e adultos. E por isso, está oferecendo para a comunidade do Grande Dirceu dois cursos profissionalizantes: Operador de Caixa e Secretariado Básico.

Para que o programa seja um sucesso no Bairro Dirceu, o Time Sife conta com o apoio da Associação dos Moradores do Itararé (AMI); Centro de Recursos Humanos de Teresina (CRH); IB Construções e da Faculdade Ceut.

18 de set. de 2011

Grandes Escritores. Eternos Aprendizes

“Só a arte verdadeira pode mudar as pessoas”, declarou a escritora Roseana Murray, durante a realização da terceira edição do maior Salão do Livro de Parnaíba – Salipa. De acordo com algumas pesquisas divulgadas, o brasileiro ler dois livros por ano. Mas como isso pode ocorrer em um país com tantos escritores renomados, como Machado de Assis e Érico Veríssimo?




Quem escreve bem é porque ler muito. É um princípio que todos os leitores e escritores têm sobre o assunto. E o jornalista? Tem obrigação de ler muito e escrever bem. Pois, são ordens do ofício.

Escrever é uma arte assim como qualquer outra. É comparada a uma pintura ou uma escultura. Diferentemente das outras artes, a escrita não o obriga a ser especialista no assunto. Porque escrever é simples e livre. No entanto, é necessário obedecer algumas regras gramaticais, para que o leitor compreenda seu texto.

Se escrever bem, depende diretamente do ato de ler. Então ler é uma obrigação. Sobre tal condição, lembrei-me de uma afirmação de um professor: “O livro é o maior amigo do mundo. E ler no leva a viajar por outros mundos, por outras culturas”.

Já o escritor Machado de Assis, que foi um autodidata, defendeu: “Um país se faz com homens e livros”. Então, por que o Brasil ainda é um país de poucos leitores? É falta de livros? Ou por que os brasileiros são preguiçosos?

Na verdade, tanto a política do nosso país como a própria população são culpados por este índice. Por um lado, os políticos criam escolas, mas por outro não criam ações para estimular as crianças e os jovens ao hábito da leitura, através de bibliotecas bem estruturadas e professores qualificados. Por outro, a população tão à mercê de falsas promessas e conformada com a situação do nosso país, pouco reclama ou reivindica por uma educação de primeiro mundo. Além disso, muitos brasileiros, por terem que trabalhar o dia todo, para ajudar no sustento da família, tem pouco tempo para estudar ou até mesmo de ler um livro.

É preciso que o Governo invista em uma educação de qualidade. E também, é necessário que os pais contribuíam para o ensino dos seus filhos. E que as crianças e os jovens, acreditem em um mundo melhor, através do conhecimento e do saber.

Tecelagem oportuniza emprego e renda para moradores

Em Teresina, existe apenas um Núcleo de Capacitação e Produção de tecelagem, localizada na região sudeste da capital. Em agosto de 1985, nasce a “Sol a Fio”. O núcleo foi fundado com o objetivo de oferecer oportunidades de emprego e renda para a população adjacente.

Desde a sua formação, a “Sol Fio” conseguiu o apoio da Prefeitura. O espaço é cedido pela administração municipal, além do maquinário, todo feito de madeira. O núcleo existe desde a formação do maior bairro da cidade, Dirceu Arcoverde. Mesmo com o crescimento da população e o desenvolvimento econômico do bairro, Sol Fio permaneceu estagnada. Pois, a população local é pouco receptiva ao trabalho desempenhado pelos tecelões.

Entre os produtos produzidos pelos tecelões estão: Redes, mantas, tapetes, capas de almofadas, jogos americanos, bonecas e bolsas. Apesar da pouca estrutura, o Núcleo tem alcançado destaque nacional e internacional, através da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo – SEMDEC, Fundação Wall Ferraz e do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE. Dentre os eventos que a entidade participou: Piauí Sampa e Casa Piauí Design. Além de exposições em países, como Estados Unidos e Japão.

Mãos que tecem

Mãos que transformam algodão em redes, mantas e tapetes. Raimunda Nonata Alves tem um olhar focado na produção de uma rede, juntamente com seus funcionários. Um olhar cuidadoso, para evitar qualquer erro. Linha sobre linha. Braços firmes e fortes para alinhar os tecidos que envolvem a rede. E com suor no rosto, Dona Raimunda não cansa de tecer. Pois no final, todos aqueles fios entrelaçados, irão formar uma rede segura, firme e bonita.

Vida e Tecelagem

“A gente consegue viver se arrastando, mas consegue”, declara a vice-presidente da Sol Fio, Raimunda Nonata Alves, 47 anos, que trabalha na entidade há 26 anos. E mesmo com o trabalho intenso, Raimunda pretende trabalhar até o fim da vida.

“Eu acredito que um dia vai melhorar. E que alguém olhe pra gente e diga que vai querer comprar 500 redes. E assim, vamos trabalhar só para esta pessoa e fechar as portas”, finalizou Raimunda.

5 de set. de 2011

3ª edição do Salipa encerra programação com grande público

O maior Salão do Livro de Parnaíba – Salipa conquistou um grande público entre os dias 1 a 4 de setembro no Auditório Porto das Barcas. Durante os quatro dias, o Salipa ofereceu uma programação diversificada para o público presente. Neste ano, o Salão homenageou o escritor parnaibano Renato Castelo Branco.

Nesta edição, o Salipa que teve como tema: “Ler é tudo de Bom” promoveu Bate papos literários; Exposição e lançamentos de livros; oficinas de dança, desenho e teatro. Além de palestras com escritores piauienses e nacionais. Na Feira estavam presentes os seguintes palestrantes: o jornalista e escritor, Ignácio de Loyola Brandão; o poeta, Alcenor Candeira Filho; Edwar Castelo Branco; o jornalista e escritor Kernard Kruel; a jornalista Maia Veloso; o escritor e editor, Cineas Santos; o presidente da Academia Parnaibana de Letras, Antônio de Pádua Ribeiro dos Santos; o cineasta, Douglas Machado; o escritor, Assis Brasil; a escritora e psicanalista, Regina Navarro Lins e a escritora, Roseana Murray.

Entre os temas expostos nas palestras foram: “Inspiração Existe?”; “Vida e Obra de Renato Castelo Branco”; “Política e Arte nos Anos de Chumbo; “Eurípedes de Aguiar – Escritos Insurgentes”; “Bullying e Cyberbullying: o combate dos brasileiros; “A cultura encarada como investimento”; “Vultos da Academia Parnaibana de Letras; “Cinema e Literatura”; “Pensamento Estético”; “Amor e Sexo” e “Educação e Arte”.

O Bate Papo Literário promoveu um diálogo entre escritor e leitor, além do lançamento de livros dos escritores presentes: Maria Dilma Brito (Lero-Lero); Breno Ponte de Brito (Broadside); Wellington Soares (Um Beijo na Bunda); Aldenora Cavalcante (Ventura); André Gonçalves (Coisas de Amor Largadas na Noite); Cineas Santos (Pétalas) e Kenard Kruel (Eurípides de Aguiar: Escritos Insurgentes).

O Salão também contou com a presença das seguintes Livrarias: HP Papelaria; Paulistana – PI; Harmonia; Jr. Max Brasil; Martin Claret; H e J Livraria; Aliança; Contexto Distribuidora e Casa do Livro. E no stand da Secretaria Municipal da Cultura de Parnaíba foi disponibilizado um espaço para um debate entre leitores e escritores, parnaibanos e teresinenses.

Para apresentação do tema: “Educação e Arte”, a escritora, Roseana Murray, comentou: “Eu agradeço demais por conhecer Parnaíba. E me sinto abraçada pela cidade”. Durante a exposição do tema, a escritora argumentou o poder transformador da arte. “Só a arte pode mudar as pessoas. Somos capazes de mudar o mundo e fazer a diferença, assim como Gandhi”, disse a escritora.

Sobre a programação do Salipa, o professor Wellington Soares declarou: “Estou muito feliz de encerrar o Salipa desta maneira. E isso nos motiva a promover um salão cada vez melhor para os próximos anos”.

De acordo com a Prefeitura de Parnaíba, o Salipa recebeu mais de 20 mil pessoas, durante os quatro dias de programação. O Salipa foi uma realização da Prefeitura de Parnaíba, através da Fundação Quixote (Entidade Realizadora do Salão do Livro do Piauí – Salipi).

Um exemplo para os piauienses

Renato Castelo Branco nasceu em 14 de setembro de 1914 na cidade de Parnaíba, Piauí. Migrou para o Rio de Janeiro em 1933, onde se graduou em Direito em 1937. Iniciou sua carreira profissional como assistente de redator do escritor e publicitário Orígenes Lessa na Agência de Publicidade N. W. Ayer em 1935. Em 1939 ingressou na J. Walter Thompson, Rio de Janeiro e, mais tarde, em 1961, transferiu-se para São Paulo. Na JWT Castelo permaneceu, em períodos alternados, por 30 anos, onde fez uma carreira brilhante, até chegar ao topo, como seu Presidente, cargo exercido até o seu desligamento em 1969.

Em 1965, Castelo havia sido eleito Vice-Presidente da Thompson dos Estados Unidos, o único latino-americano a receber essa distinção até os dias de hoje. Em 1971, Castelo criou a sua própria agência de publicidade, a CBBA, juntamente com alguns companheiros da JWT. Renato Castelo Branco, ao lado de alguns outros profissionais eminentes, dedicou 50 anos de sua vida à construção das bases da Publicidade Brasileira Moderna. Em 1964 criou o Conselho Nacional de Propaganda e foi seu primeiro Presidente. Além de Publicitário, Renato Castelo Branco foi também um talentoso Poeta e Escritor, principalmente de romances históricos.

Ao todo, deixou uma rica bagagem literária de 22 livros. Renato Castelo Branco faleceu em 19 de setembro de 1995 em São Paulo, tendo deixado a esposa Norma e os filhos Hiran, Renée e Renata.

Porto das Barcas

Construído por escravos africanos em pleno século XVIII, o Porto das Barcas foi palco da arte e da literatura, promovidos pelo Salipa, este ano. O Porto foi construído para receber as grandes navegações, e principalmente para exportar carne de charque. Já que o local servia como matadouro.

Até o século XX, Parnaíba recebia as grandes navegações. Contudo, por causa da criação do gado e da plantação de arroz, o rio Parnaíba sofreu assoreamento. E atualmente, só recebe pequenas e médias embarcações.

Neste ano, a cidade de Parnaíba completou 167 anos de emancipação política e 300 anos de História.

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